Um time em superação e o outro com síndrome de time pequeno
Foto: Site do Goiás
A segunda partida da semifinal da Copa Sul-Americana reservou dois momentos curiosos.
1° momento
De um lado, um time jogando longe de seus domínios, que havia perdido o primeiro jogo em casa, sem sua torcida apoiando, destroçado pela concretização do rebaixamento no Campeonato Brasileiro e repleto de jogadores considerados refugos de outras equipes.
Do outro, uma equipe que abriu mão do Campeonato Brasileiro para se dedicar à Copa Sul-Americana, com jogadores de “nome” como Kleber, Lincoln e Marcos Assunção, uma torcida que quase lotou o Pacaembu, que saiu na frente do placar, mesmo só precisando empatar e com um pentacampeão no banco de reservas.
Nada disso é válido quando o Goiás joga toda sua vida em um jogo, cheio de vontade, enquanto o Palmeiras não suportou a pressão de não ganhar um título expressivo a 11 anos (considerando-se que o Campeonato Brasileiro da série B de 2003 trata-se de um acesso e o Paulistão de 2008 é um torneio regional), desde a Libertadores da América de 1999.
Portanto, Kleber, Felipão, Lincoln, Deola (e seus milagres), Marcos Assunção e a torcida não conseguiram expurgar a síndrome de time pequeno que afeta o Verdão e, com a eliminação da Sul-Americana, se despediram da temporada 2010 sem conquistas (mais uma vez) para a nação alviverde.
2° momento
O segundo ponto curioso foi a forma como se construiu o segundo gol do Goiás, que garantiu sua classificação para a decisão que pode salvar a temporada (e colocar um time da série B na Libertadores da América de 2011).
O ex-jogador do Corinthians, Otacílio Neto, recebeu a bola no ataque. Esperou a passagem do zagueiro Marcão, ex-atleta do Palmeiras, que cruzou na cabeça do ex-atacante do Corinthians, Rafael He-Man Moura, que escorou para Ernando, que não tem nada a ver com esta história toda e mandou para o fundo das redes.
E a temporada 2010 do Palmeiras acaba nos pés e na cabeça de ex-atletas rivais e ex-funcionários. Ironia do destino?